quinta-feira, julho 23

O balde de água fria


Todos os dias o mesmo balde de água fria depois da esperança: está a passar está de volta, está a passar está de volta, está a passar está de volta… Como se o medo tenha de fazer parte do dia-a-dia e esteja prestes a tudo influenciar: da vida de cada um à vida em família, da vida social à relação entre as nações, dando por vezes ideia de que há um campeonato da que tem mais infectados, mais  recuperados, mais mortos. E por detrás deste medo que tanto se badala, o outro de que só raros falam e em sussurros: o da fome e das misérias para que não há vacina e é prenúncio das grandes tragédias, as guerras em que os mortos não se contam aos milhares mas aos milhões.