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Desde 1964, quando pude regressar a Portugal, até 1994, foram
sem conta as minhas as viagens de ida-e-volta da Holanda a Portugal. Poucas de
comboio, algumas de carro, a maioria de avião. O comboio depressa desapareceu
dos meus planos, o avião ficou reservado para as pressas, deixando o automóvel
como favorito. Desde 1995 passei a contabilizar as viagens – não por interesse,
mas para satisfazer a curiosidade do fisco neerlandês – e sei agora que 72 x 2.200
quilómetros corresponde a três vezes a volta ao mundo. Amanhã começo mais uma de volta,
e porque é hábito velho nunca me pergunto se será a última.