Sobre a literatura (ciência do literato), a arte da escrita, escolas, estilos, épocas, tendências e enredos, personagens e autores, são incontáveis os tratados. Tenho lido bom número deles, com alguns aprendi, alguns safaram certezas, outros mandaram-me por veredas de que depois tive de arrepiar.
Se faço o balanço constato que não encontrei o que procurava e, porque estava acima do meu entendimento ou me faltava sensibilidade, foi escasso o proveito. Mantenho, sim, as incertezas do começo, tropeço nos mesmos obstáculos, desaponta-me, sobretudo, a impossibilidade de mudar.
Agora é tarde, mas como deveria ter feito para ser outro? Por que razão não vi o melhor caminho? Quem me algemou? Que força, vício, defeito, me obriga a este rodar de animal puxando a nora, o chão por horizonte?