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Foi apenas coincidência. Pense o que quiser, ou não pense, olhe ou não olhe. Passe adiante. Mas se tem curiosidade de saber, aconteceu sábado passado em Breda, no sul da Holanda.
O gatinho tinha subido a uma árvore e, como não conseguia descer, a vizinhança chamou os bombeiros. Ao ver a escada e o homem que vinha salvá-lo, o bichano, amedrontado, atirou-se ao canal.
O bom samaritano que se vê na fotografia, não hesitou: despiu-se, esqueceu a água quase gelada, dando ao caso um happy end .
Acontece agora que no momento em que a imagem e a notícia apareceram no computador, estava eu a folhear A Capital, o romance de Eça de Queiroz, em busca de um episódio que particularmente me interessa. Encontrada a página continuei a ler:
"- Grandíssimo burro! Se nós lhe apanhássemos o dinheiro, hem? Era logo comboio para Lisboa, e bater para o Dafundo, com um par de pequenas.
(Artur) Enterrou as mãos nos bolsos e tornou-se sombrio.
A chuva cessara; um vento frio ia rolando espessuras de nuvens, espaços azuis estrelavam-se.
- Pois tivemos uma bela cavaqueira – disse o Rabecaz, quando Artur parou à porta de casa. - Eu gosto de conversar com quem me entenda e cá o amigo é dos meus. Apareça pela Corcovada. Não se passa mal.
E avistando um gato atirou-lhe uma bengalada."