Seria inexacto dizer que esbanjo o tempo, o perco ou desperdiço. O tempo simplesmente me escapa, foge de mim, atrapalha-me, os meus dias são mais curtos que os de antigamente quando, com sobra de horas, davam para fazer o obrigatório, o legal e o proibido.
Perturba-me não saber onde se mete, ou que razão o leva a tratar-me assim. A ideia que tenho é que ele, como o dinheiro – essa outra dimensão – se diverte com a desigualdade, dando mais a uns que a outros, abonando este com o jackpot, fazendo rugir aquele que nem a terminação recebe.