quinta-feira, janeiro 28

Cortesias

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Porque venho de longe, e as bases que me deram datavam do séc. XIX, sou talvez demasiado sensível à confusão das formas de tratamento. O viver numa sociedade que conheci emperrada em bizantinices – os dicionários holandeses trazem ainda uma lista de como se dirigir a um ministro, general, condessa viúva, licenciado, bispo, etc. – e nos anos 60 fingiu abolir as finezas num repente, também desnorteia. Mas ao fim e ao cabo, creio que essa confusão reside menos num suposto esfumar das classes sociais, do que no problema individual de saber quem somos e como estamos na vida, pois enquanto uns se iludem com uma inexistente importância, convencem-se outros de que a igualdade já chegou.