Avaria? Desleixo? Falta de peças? Fraqueza de pernas para subir até lá a compô-lo? Receio das cobras que moram no campanário?
Anos atrás, o relógio da igreja parou nas quatro e vinte. Misteriosamente, sem que lhe tocassem, apareceu um dia nas cinco, e assim se mantém. Símbolo de que em Estevais de Mogadouro o tempo parece ter parado. Parece. Porque ainda não parou de todo. Provam-no as luzinhas penduradas nas amoreiras do adro, a anunciar o Natal.
Parou o relógio, mas ainda temos o calendário.