terça-feira, julho 7

O fim dum provérbio


Não se curam do medo desta peste nem se curarão dos medos que aí vêm, porque "eles", os que sabem de manipulação, dão as cartas e possuem os trunfos, de pouco mais necessitam para manter a maquinaria em funcionamento, já que a dita pode ter várias velocidades para se acomodar às necessidades do momento, mas mostra tendência para o modo perpetuum mobile, o que é de tão mau agouro para o futuro próximo destas gerações que torna desnecessária a consulta da astrologia, basta ver como se comportam, pois nem foi preciso ressuscitar Karl Marx, bastou o medo da morte - como se a morte fosse novidade! – para realizar em quatro meses o que para as ditaduras leva anos.
Começam agora as tímidas rebeldias das bebedeiras, dos festejos clandestinos e das "marchas da liberdade" dos ingénuos que se dizem cansados do confinamento e que não precisava de ser nem tanto ao mar nem tanto à terra. Pobres deles que não compreendem que isto não é o fim, mas o começo de um tempo em deixará de ser válido o provérbio  de que não há bem que sempre dure nem mal que nunca acabe.