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Coisa que não se deve fazer é rogar pragas a quem as
merece, tão-pouco perder tempo a seguir o preceito cristão de perdoar aos que
nos ofenderam.
Melhor, e por experiência mais eficiente, é desejar do
fundo do coração ao ofensor um sem-fim de melhorias e benesses. Que lhe caibam os amores que nunca teve, viaje para onde
nunca foi, escreva os romances com que sonha, seja apreciado na sua e na terra
estranha, lide com quem vale a pena lidar, receba inesperadas provas de
respeito, carinho e de amizade.
Isso se lhe deve desejar, até em dobro, mas infelizmente
de nada adiantará: por muito de bom que recebe ou lhe aconteça, o invejoso
continuará ad aeternum a sufocar na
cobiça do que os outros são, do que lhes acontece, do que fazem, de como vivem.
O Senhor se compadeça e o alivie do sofrimento.