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Os pouco entendidos dirão que era apenas um cachorro. Para nós foi amigo de quinze anos, com quem não era preciso fala para que nos entendêssemos. Gentil, carinhoso, inteligente, brincalhão, cavalheiro de variados amores, com mais schmisse do que um estudante de Heidelberg, trazia-nos à porta as namoradas e os zorros dos seus amores, certo de que haveria comida e carícias para todos.
Morreu esta madrugada, sentindo que nos deixava, mas certo de que seríamos muitos a carpi-lo, mesmo alguns daqueles que fingem dureza para que não se lhes veja o pranto.
Voltámos há pouco de enterrá-lo e, pela terceira vez este ano, encontramos a casa mais vazia, sentimo-nos mais sós.