Tecer enredos, criar personagens, relatar um caso, construir uma história, com um bocado de prática nada disso é trabalho de maior. Difícil, sim, o dar-lhe qualidade, descobrir-lhe os como, porquê e para quê. Na era do papel e pena, depois no tempo da máquina de escrever, havia uma possibilidade remota, sonhava-se de acordar um dia com aquilo impresso, prova de que se estava no mundo e um degrau acima do comum.
O sonho permanece, mas a internet acrescentou-lhe uma extraordinária e perigosa ilusão. Publicamo-nos, lemo-nos, existimos no mundo, de certeza outros nos lêem e nos conhecem, pois um blogue é loja de portas escancaradas.
Bem avisado se mostra aquele que não quer inquirir do Sitemeter quantos lá entram por acaso, quantos passam sem entrar.