Dois pratos com muitos anos de uso, arrumados e esquecidos no fundo do armário. Tirou-os ela de lá e, a surpreendê-lo, pô-los na mesa ao jantar.
Falaram do bom tempo em que os tinham comprado, tolice romântica gastar tanto dinheiro em dois pratos. Ela com um sorriso melancólico, detendo-se ao vê-lo sombrio.
- Que tens?
- Nada.
Volta-se e liga a televisão. Ela na Suíça com os filhos, naqueles pratos servira à amante o jantar que marcara o fim do grande amor da sua vida.
Nunca lhe dirá que ele próprio os escondera no armário, como se com eles enterrasse também a paixão. Mas o enterro dos sentimentos é só aparência e a memória fraco coveiro.
Falaram do bom tempo em que os tinham comprado, tolice romântica gastar tanto dinheiro em dois pratos. Ela com um sorriso melancólico, detendo-se ao vê-lo sombrio.
- Que tens?
- Nada.
Volta-se e liga a televisão. Ela na Suíça com os filhos, naqueles pratos servira à amante o jantar que marcara o fim do grande amor da sua vida.
Nunca lhe dirá que ele próprio os escondera no armário, como se com eles enterrasse também a paixão. Mas o enterro dos sentimentos é só aparência e a memória fraco coveiro.