(Clique)
Porque generalizamos é grande o risco de que, temendo a
sombra, deixemos de ser capazes de ver a luz.
Desde a chegada e a popularidade dos e-books ouve-se a modos de um hosana para esses, e um De profundis para o livro em papel que,
dizem uns, está moribundo, e outros garantem tê-lo visto morto e enterrado
numas quantas livrarias falidas.
Razão de sobra para nos alegrarmos com as boas notícias
que chegam da pequena Bélgica, com as suas cento e setenta e duas livrarias, e
onde um em cada três cidadãos lê anualmente para cima de vinte livros, dando de
longe preferência ao papel. Mais de 40% dos belgas de língua neerlandesa não
compra e-books, e dos 20% de flamengos
que possuem um e-reader, 63% preferem
a palavra impressa. É assim que de todos os livros vendidos na Bélgica em 2014
os e-books foram uns magros 3%.
Viva a Bélgica!
……………….
PS. Diz-se no Kénia que a maneira mais segura de guardar um segredo de Estado é
metê-lo dentro de um livro.