A fazer um trabalho para a televisão holandesa passei por Rio Maior em Setembro de 1975, onde tudo ainda fervia como no 13 de Julho anterior.
Os sujeitos vieram de má cara, moca a jeito, perguntar para que lado caía a nossa simpatia.
Salvámos a pele. Nem morras a uns nem vivas aos outros, ficámo-nos pelos rapapés da neutralidade, mas profetizando que com gente como a de Rio Maior tudo ia correr bem. Ofereceram-nos eles as miniaturas do estadulho com que ali se resolviam pendências, e fomo-nos na santa paz, os ossos inteiros.
Desde então a miniatura anda pelas gavetas cá de casa, aparece, desaparece, quase dá ideia de que tem saudades do bom tempo e procura emprego.