sexta-feira, maio 25

Jantares NL

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É anúncio de um dos grandes bancos holandeses, ilustra o jantar em casa de gente abastada, uso-o eu para dizer aos jovens portugueses que agora para lá emigram, que não se assustem. Nas famílias com menos meios é bem mais espartano: um esparregado de couves e batatas cozidas, uma costeleta ou salsicha, garrafa de leite. Almoço à portuguesa? Nem pensar.
 São aqui sete à mesa, o vinho vai dar para todos e sobra. Os talheres anunciam que talvez venha um assado, em fatias de 150 g já se arrota.
Isto é maldade minha, bem sei, mas vingança contra os parcos jantares que ao longo de mais de meio século tenho comido na Holanda em casa alheia. Também os tenho tido bons, muito bons, superiormente refinados nas iguarias, mas esses fogem ao corrente e por isso não contam.
Ocorre-me a propósito o espanto de um deputado do Partido Socialista holandês que,  conhecendo apenas a gastronomia pátria, quando numa entrevista o interrogaram acerca das suas visitas às embaixadas estrangeiras, desabafou eufórico: - Comem-se lá esplêndidas refeições quentes!