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"Pouco importa que os bonzos tudo minimizem e desculpem, falem de harmonias e compreensão. Esse é o papel em que se mostram excelentes: o de correrem a aplicar parches nas misérias e nos desastres que outrossim poderiam evitar, não fosse o medo que os sufoca de perder o favor do eleitorado, e com ele as rédeas de um poder que julgam segurar, mas insensivelmente se lhes vai escapando.
E os media, por excelência
instrumentos de informação, discussão, troca de ideias e
educação, esses curvam-se à tendência e não oferecem críticas, mas sim
explicações bizantinas; nunca cruas análises do que é, mas
longos debates de peritos sobre o como poderia ter sido, ou
virá a ser. Sempre a primazia do sensacional e do divertimento,
do obsceno. Raramente o que obriga a pensar.”
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in A Ira de Deus sobre a Europa (Quetzal, 2016).