domingo, janeiro 12

Vaivém


Já lamuriei, mas que diabo, são horas, dias, semanas, poderá vir a ser de meses, este vaivém de escreve, apaga, escreve, apaga, a enfrentar personagens que recusam ser como desejo, fazer o que lhes mando.
Enfiam apressados por becos que desconheço, fecham-se em salas donde não consigo tirá-los,  dizem parvoíces, embirram, dão-se bem se os quero a dar-se mal. Fictícios de nascença, a tal ponto se mostram rezingões que se diriam mortais, como aqueles conhecidos de quem muito se espera e desagradavelmente nos trocam as voltas.
Enfim, o remédio é persistir, engodá-los com promessas,  esperar que caiam nas ratoeiras que lhes preparo. Mas até agora não caíram, saltam sobre elas, este piscando o olho, muito chico-esperto, aquele virando-me as costas, os femininos, como mulheres de verdade e modernas que baste, prontas no realçar do dedo médio.
E o que eu dias atrás temia, está a acontecer: ressuscitam os que "matei", cheios de promessas e boas intenções. Assim me apareceu esta madrugada o Antoninho Meças, por alcunha o "Antolinho", dizendo que continua a rondar a nora, mas lhe desagradam os meus preparos e também terá de ser outro o ambiente.