Pergunta ele:
- Terá a gente de rir, ou será melhor chorar, que alivia mais?
Respondo-lhe que só o sabem Deus e o Diabo, e ambos nos deixam no mesmo escuro.
Trinta e cinco anos e vinte e sete dias depois de voltar salvo e meio são da Guiné– quando fala da guerra abre a agenda – o meu amigo retornou com os camaradas, para uma dessas reuniões de veteranos e reconciliação.
Conta que houve discursos, abraços, excursões, comezaina. Os de lá a explicar em detalhe como faziam as armadilhas onde os nossos caíam e morriam.
- Ao ouvir aquilo vi os três rapazes do meu pelotão que não escaparam, e a vontade que me deu… Mas de repente começaram a bater palmas… Olha!… Pus-me a bater palmas como os outros.