terça-feira, agosto 25

Música (3)


Mesmo que não aprecie a música do venezuelano Antonio Lauro nem goste de guitarra ou de valsas, veja e oiça Ana Vidovic. Repare no dedilhar desta extraordinária e jovem artista, abençoada pelos deuses. Rara combinação de elegância e talento.

segunda-feira, agosto 24

Roubalheira

Bodleian Library

D. Jerónimo Osório (1506-1580), ou Osorius Hieronymus, foi bispo de Silves e um dos mais importantes humanistas do seu tempo, tendo ganho nos meios cultos europeus o cognome de "Cícero Português". Escreveu em Latim várias obras de Teologia, Filosofia, História e Ética que foram traduzidas e impressas no estrangeiro. A sua biblioteca, que pela riqueza e importância tinha fama em toda a Europa, aquando da sua morte foi levada para o bispado de Faro.

Em 1596, comandando uma armada de cento e cinquenta navios, o conde de Essex saqueou Faro, roubou a biblioteca e levou-a para Oxford, onde desde então faz parte da Bodleian Library.

Compatriota que por lá passe bem pode deixar recado para que devolvam os livros.

domingo, agosto 23

Música (2)


Brahms, Ballade Op.10/4 in B major. A minha interpretação favorita é a de Glenn Gould, mas tal como está no YouTube não serve. A de Arturo Benedetti Michelangeli (1920-1995) é melhor e encontrei-a aqui. Feche os olhos. Esqueça que amanhã é segunda-feira.

sábado, agosto 22

Leituras


Comecei a ler o primeiro volume de Millenium de Stieg Larsson e The Lay of the Land de Richard Ford. Ambos interessantes. Do livro de Larsson li sessenta e uma páginas em cerca de duas horas, do romance de Ford demorei mais de quatro para ler trinta. O Millenium lê-se como quem assiste a um filme, mas The Lay of the Land pede demora para meditar, saborear e admirar a arte de um autor que escreve como poucos sabem.

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Verifiquei e acho estranho: a edição holandesa de Os Homens que Odeiam as Mulheres custa 10 euros, metade do preço da edição portuguesa.

sexta-feira, agosto 21

A cegonha (*)



Passeiam-se os cães, nem sempre de bom humor, porque eles como os humanos têm as suas birras e manias. Além disso, cães de cidade não são de assobios nem muita obediência, dão a impressão de conhecer de cor a Carta dos Direitos do Cão.
Eles a ladrar para que fosse por ali, eu parado deste lado, demorou a descobrir que queriam mostrar-me a garça.
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(*) Deve ser do calor. Chamei cegonha à garça!

quinta-feira, agosto 20

Pára-raios

Quando os vi logo me veio à ideia aquela fita que alguns penduram nos carros para eliminar a electricidade estática. É ineficiente, mas dá ao dono um ar de quem percebe de técnica.

O pára-raios portátil inventado por Jacques Barbeu-Dubourg (1709-1799), esse era eficiente, no sentido de altamente perigoso. E com franqueza, um chapéu pára-raios para senhora!... Há maneiras menos espectaculares de liquidar a cara-metade.