É nas horas de perigo e aflição que melhor se conhecem os que, dando-nos quase passados para a Eternidade, escondem a inveja, o ódio, e a pobreza do próprio intelecto, debitando frases de uma tão transparente hipocrisia, que não somente se lhes perdoa o terem nascido assim, mas deseja que o Altíssimo, apiedado, os mantenha na ilusão de que o seu talento é de uma desmesura que o vulgo nem em sonhos consegue avaliar.
Daí resultam as suas permanentes crises de bílis e o amarelado das faces.