terça-feira, julho 25

Blá blá

 

 

É desoladora, sem conserto nem cura, a obstinação nacional da crítica injuriosa e do maldizer, palavreado pelo gosto do palavreado, botar figura seja de que modo for, a querer provar que se sabe da poda, que se tem voz na matéria, se é incontornável presença, se nasceu tribuno e detentor exclusivo do único bom caminho.
Cafés já não frequento, cortei na leitura de jornais, ponho de parte aqueles blogues onde, com as fortes certezas da vaidade, me explicam os males nacionais da economia e da política, os erros de quem manda, mandou, ou espera mandar.
Não há volta a dar-lhe e com aborrecida tristeza o repito: continuamos irremediavelmente os Alpedrinhas "das nossas terras palreiras da vanglória e do vinho". E para quê, senhoras e senhores? Para quê? O palavreado não convence, a ninguém engana, se alguma coisa prova é o mau fado de querer poder, mas empurrando para outros a responsabilidade e o esforço.