25 de Agosto de 1988, seis da manhã. Oiço na rádio que o Chiado está a arder. O noticiário das sete fala de tragédia, e de pronto ligo para de Volkskrant, o jornal de Amsterdam em que há anos colaboro. Que me despache. Tenho carta branca e felizmente a Universidade entrou de férias. Às onze estou no avião, às quatro na Portela, quando o táxi me deixa no Rossio corro e não quero acreditar, demoro a dar-me conta do que ali acontece.
O cartão de imprensa ajuda a passar a barreira da Polícia.
Olho, olho. Esqueço a máquina que tenho na mão, só acordo quando vejo outros a
fotografar.
(Clique)