domingo, abril 20

O "sabonete" da Vodafone



Da publicidade conhecêmo-la de sobejo, a cena de raparigas dinâmicas e jovens despachados que, em esplanadas de luxo, xícara de café à mão, o portátil em frente, comunicam wireless e sorridentes com o resto do mundo.
Isso acontece onde há chique, civilização, e densidade de rede. Aqui, no extremo do Nordeste transmontano, outro galo canta.
O jovem e competente técnico da Vodafone não se exprimiu assim, mas o que disse veio a dar no mesmo. Por estas bandas, informou ele, não é questão de deixar displicentemente o “sabonete” ao lado do portátil, sim de segurá-lo alto, de forma a que ele “apanhe” a antena.
E porque a antena mais próxima se encontra nos fundos de Freixo-de-Espada-à-Cinta, a uns vinte quilómetros daqui e muitos montes pelo meio, além de elevar o “sabonete” é preciso orientá-lo na boa direcção.
Experimentei, mas a melhoria do resultado não justifica o desconforto.
Como sempre, quando é pouca a esperança de atendimento, o remédio será pedir a Deus ou aos senhores que mandam.