quinta-feira, julho 29

A matar saudades

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"Mas de tudo o que eu via da janela, o que mais me encan­tava era o rio. Então a barra ainda era funda, entravam por ela enormes cargueiros, tantos que às vezes ficavam atracados dois a dois, desde o Lordelo até à ponte. E porque na margem de Gaia não havia cais, a carga era morosa e pitoresca. As pipas, os fardos, os caixotes, rolavam pelas pranchas ou levavam-nos os homens da estiva à cabeça para as barcaças, que iam acostar aos navios. Os guinchos funcionavam a vapor e ao içar a mercadoria ou quando a baixavam para os porões, saía deles silvando um longo penacho de fumo."

in Ernestina - pág. 138.