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Na qualidade de avô participei ontem numa festa de aniversário onde se celebravam os dezoito anos e a maioridade de duas jovens. Anciãos éramos poucos, os de meia idade não chegavam à dezena, rapazes não havia nenhum, parei a conta das raparigas no meio cento.
Excelente almoço, grande festa, lindas meninas, genuína alegria de uma juventude que, prestes a entrar na vida, tem o mundo à sua frente.
Contou-me uma que vai passar um ano na Argentina, para aperfeiçoar o espanhol que aprendeu e, doida por cavalos, conhecer o país das pampas. Outra quer trabalhar num hotel enquanto não entra em Arquitectura. Num pequeno grupo riam às gargalhadas com a ideia de uma magrita apaixonada pela vida do circo, e aí quiseram saber de mim se tinha lido Het Parool de sábado.
Morador de Amsterdam que se interessa pela cidade lê Het Parool, mas quando quis saber o motivo da pergunta desataram a rir. Demorou até pararem as gargalhadas, e então uma das mais despachadas arriscou-se, eu com certeza tinha lido a entrevista com a actriz muito conhecida que…
- Lone van Ro…?
- Essa.
Tinha lido e não achara excepcional. Durante a minha vida docente mais de uma vez ouvi estudantes anunciar que nas férias trabalhariam num topless bar, a maneira delicada de dizer que iam ganhar umas massas na prostituição, o que numa sociedade muito aberta, franca até à rudeza, e material qb, só levanta problemas a quem prefere ignorar o chão que pisa.
A actriz, casada, mãe de filhos, disse-o com um sorriso:
"Quando estudava telefonei a uma firma de acompanhantes. Pura curiosidade. A minha ideia era que, dependendo das circunstâncias, talvez resolvesse ir para lá trabalhar."
"Quando contei que aparência tinha, o senhor ao telefone disse logo: isso é o que os homens que cá vêm querem. Mas quando ouvi que não podia recusar clientes achei melhor desistir."
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A foto retirei-a de www.mokkels.nl , por excelência o site holandês da rapaziada púbere de todas as idades.