Deus Nosso Senhor que os criou, e as universidades onde estudaram, é que poderão explicar como os peritos chegam a semelhantes cálculos.
No noticiário de ontem à noite fiquei a saber que o ser enterrado sobrecarrega o meio ambiente com um valor de oitenta euros, para a cremação são trinta, e o processo que não tardará a chegar, "verde" em extremo, é de sobrecarga nula.
Em inglês chamam-lhe Resomation. O cadáver desfaz-se numa solução alcalina e duas horas depois resta um líquido que se despeja nos esgotos, mais uns sete quilos de ossos fáceis de pulverizar.
Bem pode acontecer que daqui a uns tempos, espero que demore, em vez de me enterrarem no cemitério de Estevais de Mogadouro, ou levarem ao crematório holandês mais próximo, me ponham a "resomar". Verdade é que, entregue a alma a Deus, pouco se me dá do que fizerem com os restos mortais, mas aborrece-me sobremodo, e não apenas neste caso, a insistência no argumento da "verdura".
Isso interessa a quem? Não ao defunto, que esse, felizmente, não tem que aturar larachas sobre o meio ambiente.