quarta-feira, março 9

Reformados


 
Em vez de me aclarar a visão e o entendimento, a leitura de dois semanários, três jornais e uns  vinte e tal blogues, resulta num aumento do transtorno que me toma quando me esforço por compreender a sociedade portuguesa.
Nela tropeçam uns sobre os outros os que se dizem da direita, mas se orgulham de terem sido marxistas-leninistas, trostkystas, maoístas. Serão mesmo da direita? Outros foram ferrenhos da esquerda, continuam esquerdistas, dão graças por terem há muito recebido a luz. Mas de que esquerda são eles? Uns quantos juram que o remédio está no centro, onde tudo se resolve havendo paz e sossego.
No meio tempo, esses senhores e senhoras que supostamente formam a elite da nação, esgrimem ideias, discutem canções, petições, manifestações, queixam-se de tudo e mais alguma coisa, preocupam-se com a Líbia. Azedos, irascíveis, improdutivos como reformados.