Ainda haverá namoro? O namoro romântico, cheio de tabus, preconceitos, muros, insatisfações e esperanças?
Pergunto isto porque venho de um longínquo antigamente e é apropriado fingir ignorância acerca das coisas da modernidade, mas claro que sei, já não há namoro. Há relações, arranjos práticos baseados no interesse e na utilidade. Paixão? Loucuras? Arroubos? O que se vive no cinema e na têvê pelos jeitos chega e sobra. Um ou outro tolo ainda mandará flores, uma ou outra ingénua sonhará em fazer ninho, mas o corrente, o que apercebo à minha volta, é de um friamente calculado pragmatismo.
Virá daí felicidade?
Não creio. Uns anos de festa? Por certo. Mas nessa pedreira não se talha a pedra angular da sociedade.