quarta-feira, maio 24

Ainda haverá?

 

 

Ainda haverá namoro? O namoro romântico, cheio de tabus, preconceitos, muros, insatisfações e esperanças?

Pergunto isto porque venho de um longínquo antigamente e é apropriado fingir  ignorância acerca das coisas da modernidade, mas claro que sei, já não há namoro. Há relações, arranjos práticos baseados no interesse e na utilidade. Paixão? Loucuras? Arroubos? O que se vive no cinema e na têvê pelos jeitos chega e sobra. Um ou outro tolo ainda mandará flores, uma ou outra ingénua sonhará em fazer ninho, mas o corrente, o que apercebo à minha volta,  é de um friamente calculado pragmatismo.

Virá daí felicidade? Não creio. Uns anos de festa? Por certo. Mas nessa pedreira não se talha a pedra angular da sociedade.