"Enquanto se desenrolam estes jogos de
bastidores, só favoráveis ao actual inquilino do Palácio de Belém, Rui
Rio rompe mais uma cura de silêncio, propondo agora o fim dos debates
quinzenais na Assembleia da República - sede insubstituível de
fiscalização e controlo do Governo. Alegando que «o primeiro-ministro não pode passar a vida em debates», algo de que nem o próprio António Costa alguma vez se lembraria
Com esta declaração em que parece
advogar a suspensão da democracia, Rio comprova assim ter mais vocação
para mordomo do chefe do Governo do que para "líder" da oposição. Alguém
imagina o novo líder do Partido Trabalhista
britânico, Keir Starmer, advogar o fim dos debates (semanais, não
quinzenais) na Câmara dos Comuns para poupar maçadas a Boris Johnson?"
Pedro Correia no "Delito de Opinião".