Ontem à noite acabei mais um e
fiz uma jura: podem gritar aos quatro ventos que os pólos vão derreter, que o ar
já é irrespirável, urgente acabar com a carne na alimentação, que se precisa uma lei que nos obrigue a comer alface,
mas duma coisa estou certo, a de que esse foi o último livro que li dos “especialistas”
que asseguram a verdade das suas conclusões, não aceitam argumentos contrários,
enriquecem e ganham fama a espalhar o medo.
Dirá você que penso desse modo
porque estou com um pé na cova e pouco se me dá, mas assim não é, bem ao
contrário, cada dia me maravilho mais e divirto com o que acontece no belo
planeta que o Todo Poderoso escolheu para nossa morada: o Papa e os presidentes
riem nos selfies e são fanáticos do Twitter; a Greta vai receber o Nobel; os
arranha-céus têm hortas nos terraços; na semana passada Waldsiedlung – uma localidade
a 30 km de Frankfurt – elegeu por unanimidade um nazi para burgomestre; o
governo holandês quer proibir o uso do gás natural e substituí-lo pela
electricidade; o governo belga subsidia quem utiliza o gás natural em vez da electricidade…
Já aqui citei Arturo Pérez-Reverte,
que escreveu: "Primeiro mandaram-nos os ricos, depois os ressentidos e
agora os estúpidos. O problema destes últimos é serem muitos."
Aos estúpidos talvez se possam
acrescentar os tolinhos, que também são muitos e não sabem o que fazem.