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Queres paz? Não compares, não meças, não invejes, porque
nunca serás como sonhas e eles continuarão a ser como os vês na fantasia e nas
horas de insónia.
Poupa-te, faz de vez em quando o exercício da
compreensão, experimenta, por instantes, olhá-los como gostarias de ser olhado.
E se a experiência falhar não desesperes, tenta noutra altura, raro se consegue
à primeira vez.
Recorda também que uma pitada de cinismo tem o seu
proveito, pois nem todos os outros são boa gente e a paz da rua é ilusão, um carnaval de máscaras que nos protegem dos outros e de nós próprios.
E aqui chegado, sorri. O que leste é apenas conversa,
coisas ditas para encher o tempo, para me consolar do que não sei, do que não
posso, da incapacidade de realizar o que prego.