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Muitos receiam encontrar-se na mó de baixo, pelo que dão prova de que ainda têm bastante caminho a andar até descobrirem as vantagens dessa situação.
Pouco há de tão revelador como o rosto dos que nos vêm
confortar, aquele modo de quem deita esmola a um pobre, o reforço do testemunho
de solidariedade alcançando o ponto em que comédia da hipocrisia obriga as
partes a um sorriso que nunca mais acaba.
Estar na mó de baixo oferece também a vantagem de, ao fazer
a contagem de espingardas, nos descobrirmos sozinhos na trincheira. O que por
veze assusta, mas é tudo questão de aguentar firme e fazer mantra do consagrado
"não há bem que sempre dure, nem mal que nunca acabe."
Infelizmente, ter paciência é arte de dura e longa
aprendizagem.
……..
Sem intenção de trocadilho, isto da mó de baixo é assunto
que em mim costuma vir ao de cima.