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Ouvem-se as escutas de Lula e é quase enternecedor como os diálogos são comezinhos, caseiros, tu cá tu lá. Nada de palavras solenes ou explosões de raiva, mas os queixumes clássicos do acusado inocente, que não compreende como os que o serviam e bajulavam ontem mudaram para o adversário.
De teatro é também o pasmo dos que puseram nos cornos da
lua o salvador do povo brasileiro, o que espalhava o maná, e agora se sentem
chocados de que a máscara de generoso e sorridente mecenas escondesse um
trampolineiro.
Por que demorarão esses sempre tanto tempo a decifrar os
sinais? Cautela? Medo que se lhes veja o rabo de palha?