Sylvia Plath (1932-1963)
Há mistério em certas horas da madrugada. Vou distraído de
um blogue para outro, de um país para outro, mudando de língua, de impressões,
perguntando-me quem será a pessoa que busca detalhes sobre o A-10 Warthog; que sonhos
acalenta Miss Dee, longe em Krasnoyarsk, citando versos de Sylvia Plath,
dizendo ao visitante anónimo o seu desejo de um dia passear em Londres.
Salto de um blogue para o seguinte, dando-me a ilusão que
vou pelo mundo, tomado de estranheza pelo sem-fim de possibilidades que em
aparência se me oferecem, de facto tão só como Miss Dee ou a pessoa que em Alfragide,
o dia a nascer, diz a sua zanga sobre "o rescaldo do dérbi".
Voltar a dormir é fraca opção, melhor é aceitar a rotina e, sabendo que a ninguém interessa, mesmo assim dizer ao mundo que também aqui estou.