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Não há verdades nem certezas. Há impressões, pontos de
vista, sonhos, desejos, azares, reviravoltas, saltos de trampolim, deslizes. E
nisso se gasta o tempo de uma vida, indo de um amor para o outro, de uma
amizade para a seguinte, procurando o que não se alcança, recebendo o
inesperado, indo a passo de boi quando há urgência, em corrida desenfreada ignorando
os avisos.
Por sobre nós um céu que parece azul porque o Sol
brilha, mas de facto é um buraco de negrume absoluto. E isso nos acode e conforta:
a ilusão salva-nos do que não saberíamos enfrentar.