quinta-feira, janeiro 29

Os comentadores

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Andam de novo à solta e é deprimente lê-los, ouvi-los, ver como barafustam cheios de razão, de sabedoria, todos com conhecimentos extraordinários e opiniões definitivas, certezas de como vai ser.
Compreende-se os que o fazem por ganha-pão, a esses de bom grado se perdoa que de um dia para o seguinte se contradigam, pois vivendo do comentário têm de marcar presença, o que torna irrelevante o que dizem ou o modo como o fazem. Mas como explicar a multidão de comentadores que nos blogues, nos cafés, nos lugares de trabalho, à hora do almoço, nas esquinas, não somente nos fazem confidência das intenções da senhora Merkel, como estão ao corrente dos intentos de Putin e da estratégia de Tsipras?
Um que conheço tem certezas absolutas sobre as dificuldades da Grécia, alicerçando-as no que ouviu a um grego que tem um restaurante em Haia e nos contratempos de umas férias em Atenas no Verão de 2012.
Um raio que os parta.