"Cada um sabe de si, mas quantas serão as formas do adeus? Que laços se quebram com um simples desviar de olhos, a palavra que se não profere, a falsa promessa que se faz porque a coragem não chega para aceitar a despedida? Forma triste, essa de calar o evidente, a da falsa esperança, o adiamento que nada resolve.
Ele sabe que perdeu, no íntimo já se conformou, mas nem a si mesmo o confessa. E espera,
sabendo que não deve esperar, que ganhou o que era melhor não ter ganho, recusa
a perda como se o destino e a vontade alheia lhe devessem obediência.
Não aprendeu ainda que adiar a despedida aumenta o
sofrimento."