A quem tem vida mais conforme ao geral,
parecerá isto pouco, bizarro, talvez mesmo soturno, e certamente estranhará
ver-me resignado com tão particular destino.
Resignado? O
caso é que, além de satisfeito, raro passa dia que não me regozije com ele.Poderia ter sido melhor? Excepcional? Um dos que fica nos anais? Talvez. Mas provavelmente em nenhum desses encontraria a menina "de ao pé de Pombal", que me foi visitar na Feira do Livro, em Lisboa e, os olhos brilhantes de entusiasmo, disse palavras que não esqueço. Ou o Vítor, chegado de tão longe para me falar um minuto. O senhor que, emocionado, me agradeceu ter escrito Montedor, que lera em 1968 e era a história dos seus sofrimentos e desilusões. O jovem que me desejou felicidades.
Surpreso e grato, encontro nesses a família que cá não tinha.