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Há quem por gosto, ciência, sabedoria, elevação da alma, releia Píndaro e Lucrécio, Virgílio, Homero, recite
Shakespeare, disserte sobre Dante, Leopardi, Johnson, Whitman.
Invejo-lhes o
que sabem, aflige-me o pouco que aprendi. Se a eles me comparo, eu que só vou relendo Vieira, Eça e Camilo, digo-me que de
certo modo espelho a terra do meu nascimento: bastam-me a fé, a ironia e o veneno.
Nada de altos voos ou transcendências, mas caseiro, fácil, maneirinho.
Assim, a ver se compreendia tudo, duas vezes li a entrevista de
Harold Bloom na LER deste mês, de ambas fiquei a abanar a cabeça: somos da
mesma idade e faz-me sentir um fedelho, devolve-me à 4ª classe. Grande senhor.