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É anúncio de um dos grandes bancos
holandeses, ilustra o jantar em casa de gente abastada, uso-o eu para dizer aos
jovens portugueses que agora para lá emigram, que não se assustem. Nas famílias
com menos meios é bem mais espartano: um esparregado de couves e batatas
cozidas, uma costeleta ou salsicha, garrafa de leite. Almoço à portuguesa? Nem
pensar.
São
aqui sete à mesa, o vinho vai dar para todos e sobra. Os talheres anunciam que
talvez venha um assado, em fatias de 150 g já se arrota.
Isto é maldade minha, bem sei, mas vingança
contra os parcos jantares que ao longo de mais de meio século tenho comido na
Holanda em casa alheia. Também os tenho tido bons, muito bons, superiormente
refinados nas iguarias, mas esses fogem ao corrente e por isso não contam.
Ocorre-me
a propósito o espanto de um deputado do Partido Socialista holandês que, conhecendo apenas a gastronomia pátria, quando
numa entrevista o interrogaram acerca das suas visitas às embaixadas
estrangeiras, desabafou eufórico: - Comem-se lá esplêndidas refeições
quentes!