Ouve. Vamos fazer de conta, esquecer quem somos, imaginar o impensável, o impossível, sonhar a dois. Sem regras nem cláusulas. Sem memórias. Sem vivências. Num anseio de união. Sussurrando palavras de carinho depuradas de enfeites, livres de medos, nossas, insensíveis ao mundo. Para que assim se torne outra, bem diferente, a linguagem das mãos, dos dedos entrelaçados, libertando devagarinho desejos reprimidos, loucuras, dando forma e brilho ao que se escondeu na sombra.
Nada nos prende. A nós, a ti, de escolher a luz ou o escuro, o sonho ou o despertar.