Esquece Broadway. Esquece as ruas de Paris, o fedor de Lhasa, as praias de Cancún. Esquece Ulan Bator e os vagões do Transiberiano, Lima, o Aconcágua, a Patagónia, Detroit, Marmaris, Roma, Compostela.
Esquece os lugares onde nunca foste, onde nunca irás. Sonha, mas não contes. Jura que te alegra a nesga de viela, que adivinhas o rio por detrás do armazém, para concerto te basta o repicar dos sinos, e sempre aguentaste bem a solidão.
Cerra os olhos. Esquece que é domingo.