Até que enfim! Elmore Leonard (1926-), o mestre do suspense, com escrita desempoeirada e tão competente na arte do diálogo que se fica de boca aberta ao lê-lo, depois de dezenas de bons livros escreveu um mal alinhavado: Djibouti.
Não abandonou de todo as suas conhecidas Elmore Leonard's Rules of Writing, mas fez um guisado tonto de tiroteios, mortes, terroristas, navios-tanques e explosões.
Perdoava-lho eu tudo isso, não fosse o ter metido pelo meio um negro atlético de setenta e dois anos, assistente de uma cineasta loira, bonita, trinta primaveras. De tantas em tantas páginas vão para a cama e, assistido por uns gramas de Horny Goat Weed, sobe ele, sobem ambos, a repetidos píncaros da cópula.
Será isto uma nova tendência literária originada pelo número crescente de gerontes? Se assim é estão os jovens leitores mal servidos, além de ficarem com a ideia falaciosa de que, chegando a velhos, a Horny Goat Weed ou as pílulas da Pfizer tudo resolvem.