O gracejo é coisa fácil, e por um nada se ganham mais inimigos do que os precisos para nos mantermos alerta. Mas quem dirá com verdade que resiste às tentações?
De facto ninguém mo perguntou, e vai interessar a poucos ou nenhuns, mas nesta altura em que todo o mundo faz saber quais são os seus "melhores dez livros" do ano, da década, do século, ou de sempre, apetece-me tornar pública a minha escolha.
Não são dez os meus, apenas um: a maravilhosa saga Bir til bilish kamlik qiladi, de Yusuf Bekzon Abdurakim (1892-1988), o clássico escritor uzebeque, injustamente desconhecido fora da sua pátria.
Para ser franco, devo confessar que hesitei, entre Abdurakim e o japonês Togo Manakumi (1960 -).