Vai para dez anos que mo dizem, mas burro velho... Que dois dias e meio de estrada é muita estrada, cansaço demais, tempo perdido. Será. Mas avião que me aceite a tralha e a livralhada sem pedir a camisa do corpo não voa para estes lados. Por isso me meto de novo amanhã pelas arribas do Douro, as planuras de Castela, os vinhedos da douce France, a monotonia da pátria de Tintin, para finalmente arribar à terra mais baixa que o mar.
Para lá e para cá, quatro vezes por ano faz oito mil e pico quilómetros. De facto é muita estrada e perde-se tempo, mas a cada chegada ganha-se a ilusão de que tudo recomeça.
Terça ou quarta voltamos a falar.