“Globalmente, no
universo das rivalidades, no panorama das relações internacionais, estou do
lado de Israel. Não porque esteja sempre de acordo com os seus governos. Não
porque aceite tudo quanto fazem. Também não por tudo o que são e defendem. Nem
por serem brancos. Nem ainda por terem sido vítimas de perseguições, de
expulsões e de massacres. Mas apenas e tão só porque, tudo somado, Israel está
mais do lado da liberdade e da democracia do que os outros países seus rivais,
adversários e inimigos. Em caso de divergência e luta, não é a cor da pele, a
religião, a tradição, a etnia e a língua que me fazem tomar partido ou
simpatizar com uns, em detrimento de outros. É o lado da liberdade e da
democracia. Em caso de conflito, nenhum critério, pele, língua, etnia ou
religião, me faz tomar partido por um qualquer país, em qualquer parte do
mundo, Rússia, China, América ou África. Mas a democracia, sim. Não tenho dúvidas:
em última instância, Israel fará sempre mais pela democracia do que o Hamas, o
Hezbollah e os governos do Irão, da Síria ou da Rússia. Como também não tenho
dúvidas em condenar a política do governo de Israel e de Netanyahu
relativamente aos colonatos, ao reconhecimento do Estado da Palestina e ao
embargo contra Gaza. Mesmo assim, estas políticas não são argumento suficiente
para ter uma qualquer simpatia por quem quer destruir o Estado de Israel. E nem
mesmo a compaixão pela sorte do povo da Palestina me faz acreditar no Hamas e
desejar a extinção de Israel.” Aqui