Tenho-o ouvido a vida inteira e aprendido com a História: nós, portugueses, somos um povo dócil, afável, manso, humilde, carinhoso, obediente, respeitador das hierarquias, crente, sofrendo em silêncio, esperançado em amanhãs de melhoria, e que mesmo quando a carga é demasiada "aguenta, aguenta", como pontificou o conhecido banqueiro.
Talvez porque não é muito o tempo que me resta de vida, mais fundo se torna o desejo que tenho de antes de morrer ver o meu povo sacudir a albarda.