Cansado, desgostado, furioso, impotente na raiva mas não no desprezo das camarilhas que me tiram a liberdade, desdenhoso dos que se vendem e dos que os compram, espécies tão baixas que nem aos vermes que se arrastam na lama os quero comparar. Nunca foi por aí além a minha capacidade de julgá-los com alguma desculpa, mas agora que mostram a verdadeira natureza que os move a proibir e a impor, tudo pelo "carinho e o cuidado" de salvar a plebe, só asco me merecem.
Dias atrás encontrei conforto nestas palavras, tiradas daqui mas conforto breve, porque com os anos há muito perdi a esperança:
"A derradeira fuga, a forma mais poderosa de vencermos os tiranos e os deuses, está no entrançado das palavras. A consciência de nós, narcisicamente oferecida pelos deuses e imobilizada pelos déspotas, para melhor domínio de ambos, tem o contraponto nas palavras que permitem as luminosas viagens de todos os nómadas por todos as paisagens."