Dilemas e tragédias sobram no mundo, mas para mim é tudo longínquo, ao meu canto em Estevais de Mogadouro só chega o que vem pela internet, contudo é tanto que mesmo filtrando basta para que me ensombre e pergunte que mundo é este em que está quase a findar o tempo da minha presença nele.
Há instantes foi a notícia de que um médico do UMC, o hospital universitário de Amesterdão, disse numa entrevista que a maioria dos lugares nos Cuidados Intensivos nos hospitais holandesess estão a ser ocupados por imigrantes ou refugiados (o rótulo oficial é "pessoas de origem não ocidental) e que dificulta o tratamento o facto de não falarem Neerlandês.
Wilders aproveitou, deixando no Twitter que essas pessoas estão a ocupar o lugar de holandeses que por esse motivo não podem receber tratamento, ao que reagiu a gente boa chamando-lhe racista. Será? Não me atrevo a afirmar ou a negar, nem sequer me atrevo a pensar o que me passaria pela cabeça no caso de a um familiar ou a mim próprio ser negado tratamento porque…
Dilemas tenho demais, e tristezas, pois me entristecem os destinos do Karel, da Fatma, da Ingrid, do Mohamed, do Rachid… e sei que a salvação de uns não depende da desgraça dos outros, dá-me ideia que esta nossa sociedade não tem cura nem um destino feliz.