Não se curam do medo
desta peste nem se curarão dos medos que aí vêm, porque "eles", os
que sabem de manipulação, dão as cartas e possuem os trunfos, de pouco mais
necessitam para manter a maquinaria em funcionamento, já que a dita pode ter
várias velocidades para se acomodar às necessidades do momento, mas mostra
tendência para o modo perpetuum mobile, o que é de tão mau agouro para o
futuro próximo destas gerações que torna desnecessária a consulta da astrologia,
basta ver como se comportam, pois nem foi preciso ressuscitar Karl Marx, bastou
o medo da morte - como se a morte fosse novidade! – para realizar em quatro
meses o que para as ditaduras leva anos.
Começam agora as tímidas
rebeldias das bebedeiras, dos festejos clandestinos e das "marchas da
liberdade" dos ingénuos que se dizem cansados do confinamento e que não
precisava de ser nem tanto ao mar nem tanto à terra. Pobres deles que não compreendem
que isto não é o fim, mas o começo de um tempo em deixará de ser válido o provérbio
de que não há bem que sempre dure nem
mal que nunca acabe.